3 - HUMBOLDT E FIGUEIRÊDO - Portugal -2008

 


 

Brigitte von Humboldt e Vando Figueirêdo - Galeria Praça do Mar - Quarteira - Portugal.

 

 

 

 

 

De 25 de Outubro

a 23 de Novembro de 2008

 

Galeria de Arte Praça do Mar

Quarteira

 

Artes Plásticas

 

Exposição de Pintura de Brigitte Von Humboldt e Vando Figueiredo

 

 

Organização de

Município de Loulé

 

 

 

A ARTE DE VANDO FIGUEIRÊDO

 

"A única aventura ainda válida para o homem moderno, está no reino interior de sua psiquê inconsciente"

Carl Jung

 

A pintura de Vando além de registrar os síbolos deixados por nossos antepassados nas paredes das cavernas, dialoga eatualiza estes desenhos rupestres através de um fazer artistico que traduz as técnicas modernas de impressão, cores chapadas com linhas negras que lembram os grafites urbanos, sem contudoesvaziar seu conteúdo simbólico.

A arte rupestre apesar de anônima, traduz o próprio modo de ser o homem pré-histórico, em face ao desconhecido, ao mistério, ser carente de sentido. Através de sua arte o homem rompe com a cotidianidade e se projeta para ao além do homem, pelo desejo de transcendência.

As pinturas rupestres das cavernas de Altamira, Lascaux só foram descobertas no finaldo século XIX, mas só no início do século XX os arqueólogos começaram a perceber sua importância e a pesquisar os seus significados.

Estas pinturas de animais pintados nos recessos das cavernas sugerem uma espécie de magia, o homem vivia uma epopéia mágica onde imagem e realidade se confundiam. O animal pintado tem a função de doublê, isto é, de um substituto. Com o seu massacre simbólico os caçadores antecipam e asseguram a morte do animal verdadeiro.

Outras pinturas rupestres serviram com ritos mágicos de fecundidade, outras são de seres semi-humanos disfarçados em animais. São figuras simbólicas. Um chefe primitivo não se disfarça apenas de animal, ele é o próprio espírito do animal. Representa e é o TOTEM ANIMAL.

A função da máscara é que a máscara transforma o seu portador em uma imagem ARQUETÍPICA.

O animal simboliza a natureza primitiva e instintiva do homem. Mesmo os homens civilizados não desconhecem a violência dos seus impulsos instintivos e a sua impotência ante as emoções autônomas que irrompem do inconsciente. Hoje o homem "sem rosto" é uma premonição do homem massificado e diluido nesse mundo globalizado.

Vando mantém, ao longo do seu percurso como pintor a pesquisa em das pinturas rupestres, temas que são marcantes e recorrentes em sua arte mas vai assimilando e desenvolvendo novas e diversas pesquisas de linguagem plástica, criando sua poética peculiar. Um convite para que a sua arte seja compreendida como um acontecimento (atual) e pleno de sentido.

Sandra Viana

Profa. de História da Arte

 

 

 


 



 
 
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